sábado, 29 de outubro de 2011

Calculando cada passo de você até mim, contando suas expressões em meio tempo, até me olhar nos olhos. Mas você para de caminhar e se distrai facilmente. O que há de tão complexo entre esse espaço que me entorpece, me entristece e me prende de longe? Com os cálculos - ainda - na tua direção. Pálpebras inquietas, mãos frias e talvez suadas, mesmo sem tocá-las, parecem úmidas. Quebráveis. Eu continuo observando, quieto, notando seus gestos trêmulos, expressões de uma vida estúpida e oca, mas coberta de disfarços. Autêntica, carregada de pilhas descarregadas. Mas você sorri, não pra mim, mas sorri sem rastros de qualquer passado doloroso que tenha vivido. Na tua alma, eu já senti suas recaídas... e se falassem, eu poderia tirá-las à limpo. Doce menina medíocre, eu não desvio meu olhar de você, eu não consigo deixar de te olhar.

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